Quando nos deparamos com expressões como I should, I ought to, e I had better, estamos lidando com construções que revelam uma maneira peculiar e muito característica do inglês de expressar expectativas e recomendações que fazemos a nós mesmos. Esses modais não são simples sugestões, mas quase uma reflexão interna que destaca a nossa própria opinião sobre como agir em determinadas situações. Eles se aproximam de um tom de obrigação leve, onde a pessoa sente que algo “deveria” ou “seria melhor” de ser feito – como uma recomendação que damos a nós mesmos e que faz parte de uma estrutura cultural do idioma.
O modal should é bastante versátil e usado para indicar algo que sentimos ser o correto a se fazer, muitas vezes acompanhado de um senso de responsabilidade ou dever pessoal. Não é uma obrigação tão rígida como must, mas expressa uma opinião firme sobre o que achamos que é a melhor decisão. Em português, a tradução pode variar entre “deveria” e “seria bom”.
Ex: I should call my parents more often.
[eu deveria ligar para os meus pais com mais frequência]
Aqui, a frase transmite que a pessoa acredita que ligar para os pais é uma ação esperada ou desejável, mas é uma escolha pessoal, sem uma pressão forte de obrigação.
COMO USAR “I OUGHT TO” EM INGLÊS?
Ought to é muito próximo de should, mas carrega uma nuance sutil de expectativa moral ou social. No inglês, ought to indica um comportamento que, de alguma forma, achamos ser adequado ou correto, quase como uma obrigação moral interna. Pode ser traduzido como “deveria” também, mas com uma ênfase levemente mais forte.
Ex: I ought to apologize to her for being late.
[eu deveria pedir desculpas a ela por ter me atrasado]
Nesse caso, ought to reforça que o falante reconhece a importância de se desculpar e sente um peso moral nessa ação.
Quando alguém diz I had better, há uma percepção de urgência ou de consequência negativa se a ação não for realizada. Enquanto should e ought to indicam uma recomendação pessoal, had better soa como uma advertência que damos a nós mesmos – algo que seria sensato fazer para evitar um resultado indesejado.
Ex: I had better study for the test, or I might fail.
[é melhor eu estudar para a prova, ou posso reprovar]
Neste caso, o uso de had better denota que o falante está ciente de uma possível consequência negativa e, portanto, percebe que “é melhor” agir de acordo com essa percepção.
Na língua portuguesa, não temos exatamente a mesma estrutura para dar uma recomendação a nós mesmos, mas algumas expressões se aproximam desse tom reflexivo. Por exemplo:
Exemplo: “Seria bom se eu começasse a economizar mais.”
Exemplo: “Eu deveria comer mais saudável.”
Exemplo: “Melhor eu sair agora para evitar o trânsito.”
Essas expressões mostram que, apesar de não usarmos os modais exatamente da mesma forma que em inglês (segundo os mesmos ditames gramaticais), ainda conseguimos expressar percepções pessoais e reforçar a nossa própria opinião quanto às nossas atitudes em português. Na cultura da língua inglesa, porém, essas estruturas são comuns para marcar essa reflexão pessoal, funcionando como uma autoavaliação das próprias ações e uma leve cobrança para tomar a atitude que parece ser a mais adequada.
Uma observação importante a ser feita, antes de finalizarmos esta explanação é que dificilmente usamos “ought to” na negativa (é uma convenção entre falantes nativos do inglês). A forma negativa de “had better” é “had better not” (como já foi explicado em nosso canal oficial no YouTube).
Caso você tenha ficado com alguma dúvida sobre o uso desses verbos modais para expressar conselhos a nós mesmos (em voz alta), comente abaixo. É sempre uma alegria imensa interagir com os (as) nossos (as) leitores (as).
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