Antes de apontarmos os aspectos da fonética do inglês americano extremamente importantes para quem quer falar inglês fluente, eu gostaria de te convidar para conhecer o canal do inglês no Teclado no Youtube. No momento são milhares de estudantes acompanhando as nossas aulas de inglês por lá e essa é uma excelente oportunidade para você aprender inglês online e melhorar a sua pronúncia. Como sempre dizemos por aqui, escolas de inglês e cursos de inglês são importantes, mas blogs de inglês também [clique aqui para conhecê-lo].
Abaixo citaremos alguns aspectos super importantes da fonética do inglês americano. Para ser sincero, muitas das coisas que veremos abaixo valem também para o inglês britânico. Se ao final você ficar com alguma dúvida, deixe a sua mensagem. Fazemos questão de responder todos os nossos leitores.
Stress and rithym ou como geralmente traduzido para o português “acentuação e ritmo” são o par perfeito para quem quer realmente falar inglês com naturalidade sem soar como um “gringo”. A gente tem o costume de achar engraçado quando gringos falam português, será que eles também acham engraçado quando falamos inglês?
A palavra stress é usada quando nos referimos a ênfase dada a uma sílaba já que a ênfase dada a uma palavra em uma frase é denominada accent.
Falando ainda do stress (acentuação silábica), precisamos analisar esse aspecto do ponto de vista das sílabas tônicas e átonas. É que boa parte das vogais em inglês compondo sílabas sem acentuação tônica (átonas), se aproxima à vogal neutra conhecida como schwa. É o caso, por exemplo, da palavra attempt. Se você não sabe o que vogal schwa significa, sugiro que veja o nosso vídeo abaixo. Dá o play!
Outra característica interessante ao compararmos o inglês e Português se refere a tonicidade primária e secundária. Em Inglês é comum, para uma dada palavra, identificarmos o stress primário e o stress secundário. É o caso da palavra opportunity. Escute abaixo e identifique os dois momentos em que se dá ênfase ao pronunciá-la.
Como dissemos acima, há também a acentuação de palavras. Como você pronunciaria a frase abaixo?
Ex: I am busy.
Em Português, geralmente dizemos TÔ ocupado. A gente não diz tô OCUPADO dando ênfase à palavra ocupado. A acentuação, normalmente, recai sobre a palavra tô (estou). Por conta dessa articulação que executamos na nossa língua, não raro escuto estudantes de inglês dizendo:
Ex: I am busy.
Quando, em inglês, é infinitamente mais natural pronunciarmos:
Ex: I am busy.
Dando ênfase a palavra busy e não a palavra am. Como falantes nativos da língua portuguesa tende a inadvertidamente fazer. Outro exemplo interessante. Como você pronunciaria a frase abaixo? Faz alguma ideia?
Ex: Shame on you.
Um estudante de inglês incauto muito provavelmente diria algo como:
Quando nativos da língua inglesa tendem a dizer:
Um efeito que ocorre e paralelo e que pode afetar como a frase acima soa aos nossos ouvidos são as reduções vocálicas. A palavra ‘you’ , por exemplo, pode ser pronunciada como ‘ya’ e a frase acima soa como:
Ex: Shame on ya.
Dando uma leve impressão de que a acentuação que antes recaia sobre a palavra ‘you’ foi transferida para a preposição ‘on’.
A tonicidade e o ritmo são cruciais na comunicação, pois é com eles que conseguimos prender a atenção de quem nos escuta e indicar os pontos principais do que falamos. É como uma batida na música que tem seus altos e baixos guiando a nossa percepção acerca dos elementos que a compõe.
A diferença entre content words e function words rege os padrões de acentuação e ritmo encontrados na língua inglesa.
Ainda postaremos um artigo aqui no blog explicando de maneira mais detalhada sobre esse aspecto interessante da fonética do inglês. Se você quiser ser avisado quando quando essas dicas de inglês estiverem disponíveis curta a nossa página no Facebook [clique aqui]. Iremos avisar por lá quando ele estiver disponível.
Outro aspecto que qualquer pessoa interessada em falar inglês americano fluente deve ficar atento é quanto ao fenômeno denominado assimilation. Pesquise como pronunciar uma determinada palavra isoladamente em um dicionário com áudio que você muito provavelmente cairá no erro cometido por muitos. O fato do dicionário lhe indicar que ela possui uma dada pronúncia não lhe garantirá pronunciá-la satisfatoriamente em uma frase. Somar o som respectivo de cada palavra não é o melhor caminho. A superposição dos efeitos não funciona aqui. Há uma mágica por trás da assimilação fonética. Por assimilação, entende-se a modificação de um som por influência do som vizinho que com ele passa a partilhar traços articulatórios (i.e. torna-o foneticamente parecido ou igual a ele).
Por conta dessa influência que fundi o som de uma palavra com os sons das que a antecede e precede, mal conseguimos distinguir o início e término delas. É como uma cola, um interstício que as une a ponto de acharmos que se trata de uma única palavra, já que o vácuo entre elas praticamente inexiste.
Observe o exemplo desprovido do fenômeno assimilação:
Ex: Nice to meet you.
Agora escute como um falante nativo do inglês americano muito provavelmente pronunciaria:
Ex: Nice to meet you.
Mais um exemplo para efeitos de comparação:
Ex: It’s just you.
Como ficaria a frase acima se pronunciada por um nativo do inglês americano:
Ex: It’s just you.
A letra ‘t’ presente no exemplo acima seria “apagada” por conta da influência das adjacências produzindo: it’s jus’ you. Foi lançada mão da assimilação fonética.
A assimilação também ocorre em palavras, notadamente letras influenciando os sons de outras dentro da mesma palavra. É o caso, por exemplo, da palavra educated.
Escute a versão original:
Agora escute a “versão dos dias atuais”:
Conseguiu captar o efeito da assimilação?
A acentuação tem a ver com o ritmo. A alternância da acentuação confere o ritmo da fala, daí o porquê de dizemos que o ritmo é previsível. Já a entonação, por sua vez, tem a ver com a palavra pitch. Eu, particularmente, prefiro não traduzir essa palavra. Esse aspecto está intimamente ligado a frequência da vibração das cordas vocais e a variação do “pitch” é responsável por variar os padrões da entonação.
Dizemos que a língua portuguesa é considerada silábica. Tanto é que os puxadores de escola de samba quando cantam, dizem: Eu naveguei, na-ve-guei. 😆
Quando queremos deixar claro que precisamos que alguém faça silêncio, dizemos: si-lêêên-cio. Novamente constatamos uma das principais características da língua portuguesa – a divisão silábica.
Justamente em decorrência da nossa língua ser baseada em sílabas uma pessoa desavisada poderia muito bem, tomando por base a língua portuguesa, dizer: si-len-ce. Quando em inglês não é assim que procedemos. Em Inglês dizermos:
Ex: Silence! [soa como: si-lence]
A letra ‘e’ na palavra silence é muda e por conta disso temos apenas duas sílabas, e não três como seríamos forçados a pensar adotando uma divisão por meio das consoantes que constituem essa palavra.
Por muito tempo a entonação da língua inglesa foi dividida em rising-falling intonation (pois antes de elevar a entonação se desce e rising intonation (se sobe a entonação de vez). Atualmente, de acordo com o Cambridge Dictionary, podemos destacar as entonações em inglês classificadas como: falling intonation, rising intonation e fall-rise intonation.
A voz recai sobre a última sílaba mais forte presente em uma frase ou grupo de palavras. Para essa versão do componente linguístico podermos usar o símbolo [↘].
Ex: What time does the film finish?
[a que horas termina o filme?]
Ex: I think we are completely lost.
[acho que estamos completamente perdidos]
Nesse caso a entonação “sobre a montanha-russa” ao final de uma frase. Geralmente usamos esse tipo de entonação em perguntas que podem ser respondidas com sim ou não. Adotamos o símbolo inverso do anterior [↗].
Ex: Are you hungry?
[tá com fome?]
Compare a entonação:
De acordo com o Cambridge Dictionary, optamos por essa versão quando a incerteza impera ou quando precisamos adicionar informações extras. Vamos conferir um exemplo em que desejamos investigar se uma pessoa quer mais café.
Ex: Would you like another coffee?
Cheque a entonação:
Se você quiser ficar por dentro de mais dicas como essa não se esqueça de curtir a nossa página oficial do Facebook.
Por fim, um aspecto que você não pode deixar passar batido é quanto as consoantes vozeadas e desvozeadas ao final de palavras em inglês. É muito, mas muito comum mesmo estudantes brasileiros negligenciarem esse detalhe que impacta a comunicação. Assim como na nossa língua, há diversas palavras em inglês que possuem grafia e pronúncia muito parecidas e por conta dessa enorme similaridade entre elas, o estudante de inglês deve se policiar para não cometer pequenos erros que repercutem negativamente na fala.
Palavra Em Inglês 1 | Palavra Em Inglês 2 | Evite o Erro |
Bed | Bet | trocar ‘d’ por ‘t’ |
Need | Neat | trocar ‘d’ por ‘t’ |
Feed | Feet | trocar ‘d’ por ‘t’ |
Raise | Race | trocar ‘s’ por ‘c’ |
Confira no áudio abaixo a diferença (por mais que singela) entre as palavras da tabela acima.
Muito em breve no futuro dedicaremos esforços a um artigo inteiramente sobre as consoantes vozeadas e desvozeadas em inglês. Mas saiba que não respeitar a diferença entre elas como dito anteriormente, é dar brecha para que ouvintes compreendam diverso do que intencionado pelo orador. Assim, se o seu objetivo é soar o mais claro possível, aprenda a diferença entre consoantes vozeadas e consoantes desvozeadas em inglês.
Então é isso. Se você gostou das dicas sobre a “separação silábica em inglês”, “ritmo do inglês”, “entonação do inglês” e todas as outras sugira o blog Inglês non Teclado para os seus amigos. Para saber quando os artigos sobre cada um dos temas tratados acima estiverem disponíveis, curta a nossa página oficial no Facebook. Essa é a melhor forma de você ser avisado. No Youtube você acompanha todas as nossas aulas de inglês e melhorar a sua pronúncia como nunca [clique aqui para conhecê-lo]. Ajuda a gente, é rapidinho! 😉
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