Estudar Inglês e Praticar Inglês: Qual é mais importante? Não raro entusiastas da língua inglesa me fazem essa pergunta esperando por uma resposta simplória.
Já expliquei, aqui, no blog, e não custa lembrar. Muitos que insistem em fugir do bom e velho método de estudo apresentam sinais de deficiência de vocabulário bem como fala desconexa. Isso fica evidente, principalmente, em situações de embate – nas quais há a presença discussões acaloradas. Em função do nervosismo inexorável, essa inabilidade salta aos olhos, ou melhor, aos ouvidos. Não é injusto asseverar que quem está verdadeiramente preparado – não se dedicando apenas à prática – dificilmente gagueja ou emprega vocabulário insuficiente em uma discussão. Isso passa pelo aspecto do estudo frequente de estruturas gramaticais e memorização adequada de vocabulário. Seguindo essa receita básica, é muito provável que – mesmo diante de uma ocasião de desespero – você consiga lançar mão de uma comunicação fluida, íntegra e principalmente inteligível.
Vou citar um exemplo prático para que você entenda a minha linha de raciocínio. O brasileiro, quando instado a falar inglês, tende a se apegar ao verbo do, mesmo que o contexto em questão não seja o mais apropriado para o seu emprego. Não sei por que cargas d’água o brasileiro ama usar o verbo do. Ele fixa na mente: do é fazer. Na sequência, utiliza esse verbo insistentemente em sua fala. Para corroborar essa minha tese, veja abaixo um vídeo do narrador Galvão Bueno em que ele, aparentemente irritado, debate com funcionários de um trem rumo a São Petersburgo.
Vou destrinchar esse acontecimento com foco no breve desempenho do narrador Galvão Bueno. Antes disso, saiba que em nenhum momento foi a intenção desse blogueiro desmerecer o apresentador ou ridiculariza-lo. A intenção aqui é sempre a mesma: aprender inglês.
Pois bem, partindo do pressuposto de que você assistiu ao vídeo acima, vamos analisar alguns aspectos da fala da figura pública, para que você possa extrair algo de bom dessa ocorrência e, sobretudo, compreender a importância de não deixar o estudo de lado em detrimento da pratica.
Evite repetição massiva das palavras yes e no. Como eu esclareci anteriormente, é hábito do falante que não domina a língua se entregar ao uso limitadíssimo desses dois termos. Se esse é o seu caso, procure mudar essa atitude e desvende termos alternativos. E situações como a exposta no vídeo, um falante intermediário-avançado de inglês de plano optaria por coisas como how come [clique aqui para aprender]? Uma das melhores formas de se mostrar indignado perante algo. Confira o vídeo abaixo.
Dedique-se ao estudo de verbos. Essas são as principais palavras que devem estar na ponta da língua. Do contrário, você recorre ao recurso “do” – como boa parte dos brasileiros. No vídeo acima, Galvão diz: don’t do your finger for me like this. Era de se esperar que dissesse algo como: don’t point your finger at me like this. Muito provavelmente, a carência de verbos, associada ao nervosismo, o fez cair na armadilha do verbo do.
Não era só saber que apontar é point ou que a preposição adequada seria at. Presume-se que o apresentador, com anos de copa do mundo e, sendo o empresário que é, mantendo contato recorrente com pessoas de outros países, já dominaria de longe questões como essa. Ademais, quem estuda com afinco ao longo de anos sabe muito bem que se desejamos reforçar uma vedação / proibição a alguém dizemos do not em vez de don’t – como também já expliquei [nessa dica, clique].
Estude a pronúncia correta das palavras. Nunca desista de aprender o som das palavras em outra língua. Muitos estudantes desistem de aprender o som correto de th e tratam do tema como questão de menor relevância. Contudo, saiba que a questão da fala está intimamente associada à escuta, isto é, você fala melhor quando escutar melhor e vice-versa. Na frase de Galvão é clara a negligência em “don’t do your finger for me like this”. Constato, em sua fala, o seguinte:
O representante do trem pediu ao passageiro que sentasse e disse: “please sit” (por favor, sente). Entretanto, o que ele disse, na verdade, com base em sua pronúncia, foi “please, seat” (por favor, assento). Galvão, pegando um gancho na fala do funcionário, disse: Yes, seat (sim, assento). Observe como os ruídos gerados na comunicação não permitiram que – ao menos até o trecho final do vídeo- eles se entendessem. Um se expressou de maneira imperativa, dando um comando e o outro acreditou que eles estivesse tratando da mesma questão.
Então, é isso. Espero que essa dica lhe tenha sido útil de alguma forma. Ficou com alguma dúvida? Comente abaixo para que possamos te ajudar. Não se esqueça de conferir as nossas aulas de inglês online no Youtube – milhões de pessoas já conferiram o nosso trabalho por lá e milhares estão inscritas.
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