O Que É “ZERO COPULA” (Null Copula)? (Explicação)

O termo “Zero Copula” (ou Null Copula) refere-se a um fenômeno linguístico em que o verbo “to be” (ou equivalentes em outras línguas) é omitido em sentenças onde normalmente seria necessário no inglês padrão ou em outras línguas que requerem o uso explícito de um verbo de ligação. Este fenômeno é comum em algumas variedades de inglês, como o African American Vernacular English (AAVE), bem como em outras línguas e dialetos ao redor do mundo.

O termo “Zero Copula” (ou “Null Copula”) refere-se à ausência ou omissão do verbo copulativo, que em inglês é principalmente o verbo “to be.” A designação “zero” ou “null” indica que não há um elemento explícito que desempenha a função de verbo de ligação em uma frase.

POR QUE “ZERO”?

O termo “zero” é usado para enfatizar que o verbo copulativo não está presente na frase, ou seja, a estrutura que normalmente incluiria um verbo como “is” ou “are” é deixada de fora. Essa ausência é o que caracteriza a construção como “zero copula.” Representação Numérica: Na linguística, a palavra “zero” muitas vezes é utilizada para denotar a ausência de um elemento. Assim, quando se diz “zero copula,” está se referindo a uma situação em que o verbo de ligação não é apenas ausente, mas sua falta é uma parte reconhecível e documentada da estrutura gramatical de um idioma ou dialeto.

CONTRASTANDO COM OUTRAS FORMAS

O conceito de “zero” ajuda a contrastar a construção omissa com aquelas que incluem o verbo copulativo.

Por exemplo, no inglês padrão, diríamos “She is happy,” enquanto que na forma de zero copula, poderíamos dizer “She happy,” omitindo completamente o “is.” Conclusão Portanto, o termo “Zero Copula” é usado para descrever uma construção linguística onde o verbo copulativo está ausente, enfatizando que sua omissão é uma característica gramatical válida em certos dialetos e línguas, ao invés de um erro ou uma construção incompleta. Essa designação ajuda linguistas e estudiosos a identificar e analisar como diferentes formas de inglês e outras línguas operam dentro de suas próprias regras gramaticais.

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O QUE É VERBO COPULATIVO?

Um verbo copulativo é um tipo de verbo que conecta o sujeito de uma frase a um predicado, que pode ser um adjetivo, um substantivo ou uma frase preposicional. A função principal do verbo copulativo é estabelecer uma relação de equivalência ou descrição entre o sujeito e o predicado, sem necessariamente indicar uma ação.

CARACTERÍSTICAS DOS VERBOS COPULATIVOS

Função de Ligação: Os verbos copulativos atuam como uma ponte entre o sujeito e a informação que está sendo fornecida sobre ele, sem expressar uma ação em si.

Predicado Nominal: Quando um verbo copulativo é usado, geralmente é seguido de um predicado nominal. Por exemplo:

 Ex: She is a teacher.

[ela é professora]

Aqui, o verbo “is” (uma forma do verbo “to be”) liga o sujeito “She” ao predicado “a teacher.”

Predicado Adjetival: Os verbos copulativos também podem ser seguidos por adjetivos. Por exemplo:

 Ex: He is tall.

[e é alto]

Neste caso, o verbo “is” conecta o sujeito “He” ao adjetivo “tall.”

EXEMPLOS DE VERBOS COPULATIVOS
  • “To be”: Este é o verbo copulativo mais comum em inglês e se apresenta em várias formas (am, is, are, was, were, etc.).
    • Exemplo: “They are happy.” (Eles estão felizes.)
  • “To seem”: Indica uma condição ou estado percebido.
    • Exemplo: “She seems tired.” (Ela parece cansada.)
  • “To become”: Indica uma mudança de estado ou condição.
    • Exemplo: “He became a doctor.” (Ele se tornou médico.)
  • “To remain”: Indica a continuidade de uma condição ou estado.
    • Exemplo: “The soup remained hot.” (A sopa permaneceu quente.)

Os verbos copulativos são essenciais para a formação de sentenças que descrevem estados, identidades ou características, permitindo uma comunicação clara e eficaz sobre quem ou o que estamos falando. Eles são particularmente importantes em construções que não envolvem ação direta, mas sim uma condição ou estado que é relevante para a compreensão da frase.

Em resumo, os verbos copulativos desempenham um papel fundamental na estrutura gramatical de muitas línguas, incluindo o inglês. Eles são responsáveis por conectar o sujeito a um predicado, permitindo que se faça uma descrição ou se defina uma condição, contribuindo para a clareza e a expressividade da linguagem.

ORIGEM E CONTEXTO DE ZERO COPULA

O termo “copula” refere-se ao verbo de ligação que conecta o sujeito de uma frase ao seu predicado, geralmente um adjetivo, substantivo ou uma frase preposicional. Em inglês, o verbo copulativo mais comum é “to be”. No entanto, em algumas línguas ou dialetos, há uma omissão regular desse verbo em certos contextos, daí o nome “Zero Copula.”

A omissão do verbo “to be” pode ser observada em várias línguas, incluindo o russo, o árabe e o hebraico, além de dialetos específicos do inglês, como o AAVE. Este fenômeno ocorre dentro de um sistema gramatical particular e não é simplesmente uma questão de linguagem “incorreta” ou “incompleta”. Em vez disso, a omissão é regida por regras específicas que variam de acordo com o idioma ou dialeto.

A ZERO COPULA NO AFRICAN AMERICAN VERNACULAR ENGLISH (AAVE)

O exemplo mais bem documentado da Zero Copula no inglês ocorre no AAVE. No AAVE, o verbo “to be” é frequentemente omitido em contextos onde o inglês padrão exigiria seu uso. Essa omissão segue regras gramaticais bem definidas e não ocorre de maneira aleatória.

Regras e Contextos de Omissão

No AAVE, a omissão da copula ocorre principalmente quando o verbo “to be” está na forma presente e quando serve como um verbo auxiliar para descrever estados ou ações contínuas. No entanto, a omissão não ocorre quando o verbo está conjugado no passado ou em formas mais complexas.

Exemplos de omissão no AAVE:

Ex: She happy.

[ela está feliz] (Inglês padrão: “She is happy.”)

Ex: They working.

[eles estão trabalhando] (Inglês padrão: “They are working.”)

No entanto, há casos em que a copula não é omitida, como:

Ex: She was happy.

[ela estava feliz] (Neste caso, o verbo “was” não é omitido, pois a frase está no passado.)

A omissão ocorre principalmente no presente e em frases afirmativas simples. Além disso, não há omissão quando a sentença é uma forma negativa ou interrogativa.

Ex: Why she so sad?

[por que ela está tão triste?] (Aqui, o verbo “is” pode ser omitido, mas a frase continua inteligível.)

Mas a forma negativa não permite essa omissão:

Ex: She ain’t happy.

[ela não está feliz] (Neste caso, “ain’t” é usado em vez de omitir completamente o verbo.)

DIFICULDADES E COMPLEXIDADES

Para falantes não nativos ou mesmo para aqueles que estão acostumados ao inglês padrão, a Zero Copula pode criar confusão. A ausência do verbo de ligação pode fazer com que a frase soe incompleta ou incorreta, de acordo com as regras gramaticais tradicionais do inglês. No entanto, é importante entender que, dentro das normas gramaticais do AAVE, essas construções são perfeitamente corretas.

Além disso, para aqueles que estudam dialetos como o AAVE, pode ser difícil identificar exatamente quando o verbo “to be” deve ser omitido ou mantido, já que essa decisão depende de fatores como tempo verbal, forma da frase (afirmativa, negativa ou interrogativa) e contexto geral.

No inglês padrão, a omissão do verbo “to be” é considerada incorreta, mas no AAVE, é um aspecto gramatical legitimamente aceito, e aprender suas regras pode ser um desafio tanto para estudantes de inglês quanto para linguistas que analisam o fenômeno.

ORIGEM HISTÓRICA E SOCIOCULTURAL

O fenômeno da Zero Copula no AAVE tem raízes profundas na história linguística e sociocultural dos Estados Unidos. Acredita-se que muitas das estruturas gramaticais do AAVE tenham sido influenciadas pelas línguas faladas pelos africanos escravizados trazidos para o continente americano. Esses indivíduos trouxeram consigo gramáticas que não incluíam um verbo copulativo explícito em certas construções, como é o caso de várias línguas da África Ocidental.

Quando essas línguas se misturaram com o inglês ao longo do tempo, surgiram variedades como o AAVE, que preservaram muitas dessas características estruturais únicas. A omissão do verbo “to be” no AAVE é uma das marcas mais conhecidas dessa influência.

EXEMPLOS CLÁSSICOS DE ZERO COPULA

Aqui estão alguns exemplos clássicos onde a Zero Copula aparece no AAVE:

Ex: He a doctor.

[ele é médico] (Inglês padrão: “He is a doctor.”)

Ex: We home.

[nós estamos em casa] (Inglês padrão: “We are home.”)

Essas frases seriam consideradas “incorretas” no inglês padrão, mas são gramaticalmente corretas no AAVE. É importante entender que a omissão não implica falta de fluência ou habilidade na língua, mas sim uma variação legítima do inglês com suas próprias regras e estruturas.

OUTRAS LÍNGUAS COM ZERO COPULA

Além do inglês, muitas outras línguas ao redor do mundo apresentam Zero Copula, embora as regras para essa omissão variem consideravelmente de uma língua para outra.

  • Russo: O russo não usa o verbo “ser” (быть) no presente em frases afirmativas.
    Ex: “Он студент.” (Ele é estudante.) O verbo “é” está ausente.
  • Árabe: Em árabe, o verbo copulativo também é frequentemente omitido no presente.
    Ex: الولد طويل.” (O menino é alto.) O verbo copulativo “ser” é omitido.
  • Hebraico: No hebraico moderno, o verbo “ser” não é necessário em construções presentes.
    Ex: הוא גבוה.” (Ele é alto.)

Esses exemplos mostram que o fenômeno da Zero Copula não é exclusivo do inglês, sendo, na verdade, uma característica compartilhada por diversas línguas.

ERROS COMUNS E PERCEPÇÕES INCORRETAS

Muitas vezes, falantes de inglês que não estão familiarizados com o AAVE ou com dialetos que apresentam a Zero Copula podem considerar essas construções como “erros” ou sinal de uma fala “deficiente.” Isso reflete um preconceito linguístico que desconsidera a legitimidade das regras gramaticais dentro das diferentes variedades do inglês.

Para falantes não nativos de inglês, a omissão do verbo “to be” pode parecer um erro e causar confusão. No entanto, em um contexto apropriado, como o AAVE ou em línguas que aceitam a Zero Copula, a frase está perfeitamente correta.

CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE ZERO COPULA

A Zero Copula é um fenômeno linguístico fascinante que aparece em várias línguas e dialetos, incluindo o African American Vernacular English. Embora essa omissão do verbo copulativo possa parecer “estranha” ou “incorreta” para falantes de inglês padrão, ela segue regras gramaticais bem definidas em dialetos como o AAVE. Esse fenômeno reflete a riqueza e diversidade do inglês e de outras línguas que utilizam essa estrutura.

Compreender a Zero Copula exige não apenas o conhecimento das regras gramaticais envolvidas, mas também uma apreciação das influências históricas e culturais que moldaram esses padrões linguísticos. Assim, o estudo da Zero Copula ajuda a ampliar nossa compreensão sobre as variações do inglês e a desmistificar alguns preconceitos comuns sobre formas “alternativas” de falar a língua.

 

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Daniel Silva

Daniel Silva é brasileiro e mudou-se para o Canadá com sua família ainda criança, retornando ao Brasil após cinco anos no exterior. Desde então, o inglês se tornou uma parte essencial de sua vida diária. Ele já ensinou em diversas escolas de idiomas e é atualmente English Language Educator, além de ser o fundador do Portal Inglês no Teclado, criado em 2009. Para acompanhar todas as novidades e conteúdos exclusivos, siga-nos no Instagram::www.instagram.com/inglesnoteclado.

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