4 coisas toscas que escolas de Inglês te ensinam (apague!) – Outro dia no nosso canal do Youtube, um dos nossos seguidores disse a respeito de um dos nossos vídeos: “Muito bom, as vezes a gente acaba aprendendo um inglês robótico diferente do comumente falado, aí quando falamos com nativos temos dificuldade.”
Esse tipo de constatação feita pelo Matheus é muito polêmica, porém verdadeira. Não é raro estudantes de Inglês passarem por situações constrangedoras e totalmente desnecessárias em função da metodologia a qual foram submetidos durante o processo de aprendizagem. Não que esse seja um momento oportuno para demonizar as escolas de Inglês, até porque não fosse pela escola onde eu estudei, de certo eu não teria chegado ao nível que cheguei, modéstia à parte.
Entretanto, me dói ver que inúmeros estudantes são ensinados a repetir o que aprendem nas aulas de Inglês como papagaios. É como se fossem desprovidos de inteligência capaz de diferenciar o que é verdadeiramente genuíno, isto é, usado por nativos da língua inglesa com bastante frequência no dia-a-dia e o que é moldado como produto enlatado que visa “facilitar a vida do aluno”.
Mas voltando ao assunto principal desse artigo, resolvi enumerar 4 coisas toscas que escolas de Inglês te ensinam e que sugiro você apagar da sua mente, ou ao menos reformule.
Esse texto é acompanhado de um vídeo, então sugerimos que você veja o vídeo abaixo do blog Inglês no Teclado para enriquecer ainda mais a explicação desse artigo e quebra alguns paradigmas da língua inglesa.
Sério. Quando constato que estamos em 2015 e ainda há escolas ensinando os seus alunos a interagir em Inglês com nice to meet you, penso “Deus, não tem como, pode mandar um cometa”. Pode parecer exagero da minha parte, mas esses materiais merecem uma reciclagem- já! A não ser em situações extremamente formais como em uma reunião com executivos e você está conhecendo o presidente de uma empresa globalmente conhecida, qual a necessidade de usarmos essa frase do tipo enlatada? Meu avô podia usar isso na época dele, mas os tempos são outros. Porque as escolas insistem em ensinar isso aos seus alunos? Não há forma melhor de dizer para alguém que você está feliz em conhecê-la? Outras coisas que podem ser consideradas nem um pouco coloquial:
Não estou dizendo que essas expressões inexistem, mas são do tempo da onça e devem ser evitadas em um contexto mais informal. Sem querer julgar as pessoas pela idade ou conservadorismo, vamos repaginar! Por favor!
Alguns exemplos reformulados e largamente usados por nativos:
Veja como soa esquisito até mesmo em Português! Seja franco, quantas vezes na sua vida você já disse “prazer em conhecê-lo?”. Isso me lembra as falas dos personagens das novelas da Globo, repletas de expressões que eu nunca ouvi a não ser na própria novela. Como, por exemplo, “tá aí!” como em “tá aí, eu nunca havia pensando nisso”. Eu nunca ouvi “tá aí” na minha vida real, a não ser na fantasiosa, isto é, TV.
A expressão nice to meet you certamente faz parte do pacote de coisas toscas que escolas de Inglês ensinam. Então prefira todas as outras opções em vez de nice to meet you. A história do nice to meet you seguido do nice to meet you too implica em impor um ar de formalidade (leia-se frieza) totalmente desnecessário.
Veja nesse link algumas formas alternativas que podem cair feito luva em Inglês.
How are you? é uma pergunta universal, de fato. Entretanto, existem diversas outras expressões que podem ser usadas e que escolas muitas vezes deixam de mencionar sob a escusa de confundir estudantes da língua inglesa. Veja algumas maneiras alternativas para how are you em Inglês que escolas de Inglês poderiam ensinar desde as primeiras aulas de Inglês:
Co dito no começo desse texto, o comentário do Matheus vai de encontro ao que escolas de Inglês praticam. É que não podemos ficar presos ao que livros determinam. Um professor de Inglês deve ser capaz de passar aos alunos o enlatado e robótico que facilita o aprendizado do aluno (óbvio que nem toda anarquia é bem vinda) e, além disso, aquilo que se aproxima ao máximo da nossa realidade. Negligenciar isso é dar brechas para que alunos levem um baita susto ao enfrentar o dia-a-dia lá fora. A gente aprende a usar ‘please, repeat’ para dar indicar que não entendemos algo que foi dito em Inglês. A tradução direta indica, repita ‘por favor’. Talvez por ser uma maneira bem simples de pedir que alguém repita algo que foi dito, muito alunos optar por essa alternativa. Porém, da mesma forma que ‘how are you’, existem diversas maneiras de deixar isso claro em Inglês e que talvez soem muito menos robótico, engessado. Veja abaixo algumas opções não tão formais, mas que são preferíveis em conversas de trabalho, com pessoas não tão amigas e coisas do tipo:
Existem algumas expressões informais comumente usadas e que
Na minha opinião, aprender a gramática inglesa é um trampolim para aprendermos coisas novas, é como se assentássemos a fundação de uma casa para receber novas cargas de informações que quando colocadas em conjunto exercem o papel da comunicação plena. Porém, sempre me incomodou o fato de vários professores se prenderem excessivamente à gramática e simplesmente não mencionarem aos alunos aspectos extremamente importantes sobre a língua falada. De fato, estou falando dos verbos auxiliares. Já falamos sobre esse ponto aqui no Inglês no Teclado. No texto Omissão de Verbos Auxiliares e afins. Basicamente, o que acontece é o seguinte. A gente aprende na língua inglesa a montar perguntas do tipo:
Ou seja, aprendemos a lidar e a respeitar os ditames gramaticais da língua inglesa. É que a conjugação, de acordo com tais regras não se daria na forma e com as alterações que realizamos na língua portuguesa. Estaria errado construir frases do tipo:
Note que praticamente fizemos uma tradução direta entre ambas as línguas. O que fizemos, simplesmente, foi posicionamos as palavras em Inglês justamente como faríamos na língua portuguesa.
you = você, like = gosta, chocolate = chocolate
De fato ainda faltaria a palavra “de”, mas isso é assunto para um outro texto. Entretanto, o que estou querendo apontar aqui é que não foi feito uso do verbo auxiliar DO como habitualmente aprendemos e como montado no começo texto. Isso ocorreu nos exemplos seguintes, quando, por exemplo, não fizemos o uso do verbo auxiliar did na segunda pergunta, optando por simplesmente converter o verbo para o passado. Justamente como fazemos na língua portuguesa. À luz da gramatica inglesa teríamos cometido um erro crasso. Ocorrer que, muitos professores não comentam que é possível ouvirmos estrangeiros empregando essa forma na fala. Isso mesmo! Na fala é possível ouvirmos nativos da língua inglesa utilizando essa estrutura. É que nesse caso, as “estruturas erradas” não seriam consideradas perguntas, mas afirmações com gostinho de “jogar verde para colher maduro”. Você afirma algo com um “tom de pergunta” para saber se aquilo que você acreditar se verdade de fato procede.
Escolas de Inglês não estariam erradas se decidissem ensinar isso, contanto que falassem sobre esse aspecto paralelamente ao que já ensinam. Não se trata de ensinar duas coisas que batem de frente, mas ensinar aspectos da oralidade que não podem ser negligenciados por quem quer falar Inglês. Isso porque a língua é cheia de “twists” que todos devem estar cientes se quiserem estabelecer uma melhor comunicação usando a língua inglesa como ferramenta do seu dia-a-dia.
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