É simplesmente impressionante como a condição de inúmeras pessoas que estudam a língua inglesa é semelhante. Você estuda Inglês há anos, passa por exames como o TOEFL, recebe um certificado da escola de Inglês dizendo que você formou, mas treme as bases quando a vida, naturalmente, lhe pede que fale Inglês. Não se preocupe, você não está sozinho. Não que eu seja um padre ou psicólogo, mas conheço centenas de casos como o mencionado.
Se você me perguntar algo como: é fácil pensar em Inglês? Eu lhe responderia sem hesitar: sim, é fácil pensar em Inglês. Agora, se você quer saber como pensar em Inglês, aí já são outros quinhentos. Isso porque se você desconhece completamente macetes úteis que auxiliam bastante, ou seja, funcionam como coordenadas essenciais nessa empreitada, temos aí um mega impasse para o seu sucesso.
Como eu já disse inúmeras vezes aqui no Inglês no Teclado, é sempre importante ter conhecimento dos erros que são comumente cometidos por quem quer muito falar Inglês, simplesmente para evitar perda de tempo com coisas que não funcionam e só atrapalham. Acredito que você não quer ficar dando murro em ponta de faca.
Por isso, se já testaram algumas vias que não deram certo (para muita gente), não é interessante você testá-la novamente. Não se trata de trocar o certo pelo duvidoso ou criar uma tempestade em copo d’água. Vai por mim, o tempo perdido a gente nunca recupera, e como diz o bom e velho ditado em Inglês: time is money.
Pensando nisso, resolvi escrever um post falando sobre como pensar em Inglês, por que apesar de muitos blogs e sites já terem falado sobre isso, muitos deles não dão exemplos claros de como exatamente fazer isso.
Nesse artigo, vou citar 4 dicas de como pensar em Inglês que serviram como comportas à minha mente e espero que tenham um efeito positivo em você também.
Uma das regras básicas que costumo mencionar para quem me pergunta como pensar em Inglês é, parafraseando Lulu Santos: passos de formiga, mas com vontade. O que significa isso? A melhor forma de começar a pensar em Inglês é montado frases completas com muitas palavras aprendidas na aula de Inglês, ou seja, esse é o melhor caminho para se começar a pensar em Inglês. Correto?
Errado! O melhor mesmo é você começar devagarzinho e analisando as coisas ao seu redor. Quer saber como? Eu tenho um costume desde quando me comprometi a ficar fluente em Inglês. Ah! E se você quer saber como me tornei fluente em Inglês sugiro ler o post:
Crianças e Inglês: quando começar a estudar a língua inglesa
Mas, como eu ia dizendo, tem um hábito que adquiri desde muito novinho que me ajudou de sobremaneira nesse desafio de como pensar em Inglês. Eu simplesmente olho para as coisas e mentalizo como elas se chamam em Inglês. Eu não olho para algo e começo a pensar em Português: como isso se chama? Qual o nome disso mesmo? Como digo aquilo em Inglês?
Não é assim que funciona.
Indo direito ao ponto, primeiro eu olho para algo. Em seguida, eu bloqueio totalmente qualquer pensamento até que a palavra correta surja. Você pode achar absurda essa tática, mas acredite: funciona. Óbvio, ela apenas não irá funcionar se de fato você não souber o termo correto em Inglês. Aí não há santo que faça milagre. Essa é uma dica valiosa, pois além de você começar a forçar o raciocínio em Inglês – considerando que ao seu cérebro foi concedido esse único recurso – , esse macete auxilia bastante no processo de memorização e recapitulação de palavras que estavam enterradas na sua mente, e você acabou escavando, ou seja, relembrando.
Mas como eu disse no começo desse texto, não basta dar a dica, é preciso detalhar. Veja um exemplo de como isso funciona.
Imagine que você está na rua e vê um acidente. No chão, há um motoqueiro e, ao lado dele, um carro batido. Palavras que eu comumente associaria ao evento:
À medida que você vai avançando e aprendendo expressões novas, isto é, dominando expressões da língua inglesa, você passa a narrar mentalmente coisas como:
Ex: There was a car crash.
E isso só tende a melhorar se você seguir a dica de adotar passos de formiga:
Ex: My friend was involved in a multi-car crash.
Veja bem, não estou dizendo que você irá aprender expressões novas porvque você passou a mentalizar o que já sabe. Mas sim que, naturalmente, com a prática de associar palavras em Inglês, frases mais trabalhadas também entrarão na roda com o passar do tempo.
Então, resumindo o passo-a-passo do tipo baby-steps, ocorre assim:
Sabe o porquê de eu achar essa dica super importante para quem quer saber como pensar em Inglês? Porque você assume os mesmos estágios iniciais pelos quais uma criança passa quando começa a falar as suas primeiras palavras e se isso é feito de maneira favorável ao aprendizado. Ainda que você não seja um bebê, as chances de dar certo são imensas.
Considerando que você entendeu a importância de seguir a dica #1 desse post, a dica número 2 é sobre como temperar o arroz com feijão. Saber associar palavras a objetos e eventos é a fase inicial para quem quer muito saber como pensar em Inglês. Na hora de incrementar essa regra, a próxima coisa a ser feita é usar perguntas básicas que usamos com muita frequência no dia-a-dia.
Digamos que João é um aluno que aprendeu no seu curso de Inglês algumas perguntas essenciais que rotineiramente usamos em Inglês. João entendeu o que as perguntas querem dizer, porém ele não consegue entender como montar a resposta completa para uma determinada pergunta. Ou seja, João não consegue estruturar as respostas. João pensa na pergunta e, em seguida, na resposta.
Ex: Pergunta: what happened? Resposta: car crash (ou a car accident)
Ex: Pergunta: What time is it? Resposta: 5 o’ clock.
Ex: Pergunta: What is your name? Resposta: Daniel
A grande jogada ao estabelecer perguntas e respostas, mesmo que você não entenda o significado de cada palavra presente na frase (apenas o global) e não dê a resposta gramática e estruturalmente correta, é assimilar o paralelismo que existe entre perguntas e respostas paulatinamente. Os benefícios que obtemos através desse procedimento são:
Não que eu faça isso (pagando uma de mentiroso), mas acredito que os momentos mais propícios para estimular a nossa mente a pensar em Inglês são os momentos nos quais estamos sozinhos. Isso ocorre quando você deita na cama e acha que a sua cabeça não comporta mais nada – está uma pilha – ou quando você toma um banho demorado e começa a refletir sobre várias coisas. Há também a hora especial do dia em que sentamos no trono e as ideias começam a fluir como se os movimentos peristálticos estimulassem esse processo. Você faz um esforço aqui, outro ali e é como se as ideias começassem a surgir em virtude de uma sintonia perfeita entre o seu cérebro e o malfadado ânus. Como é que pode existir uma conexão tão perfeita entre elementos tão distantes? Acho que é por isso que me senti atraído por um curso da área de saúde assim que terminei o segundo grau. Foi só uma atração (e nada mais).
Mas enfim, vamos voltar ao foco original desse texto. Outro dia alguém me perguntou se era possível sonhar em Inglês e eu a perguntei: você quer dizer falar Inglês nos seus sonhos? Ela disse “conversar com pessoas em Inglês”. Eu a respondi: claro, no seu sonho vale tudo. Ainda que você não esteja pronunciando as palavras adequadamente no seu sonho, esse já é um passo para treinar o seu raciocínio em Inglês.
Que seja no metrô ou no ônibus rumo ao trabalho ou à escola, você escolhe a hora certa. Entretanto, o melhor momento para pôr em prática o estímulo do raciocínio em Inglês é quando você encara que pensar em Inglês é possível, contanto que você comece e tente a pensar em Inglês. Converse com você mesmo em Inglês.
Não é segredo para ninguém como sempre ressalto a influência que habilidades conectadas exercem umas sobre as outras, e não poderia ser diferente para quem procura pensar em Inglês. É um misturado de coisas interligadas que culminam em um único resultado. Saiba mais um pouco sobre esses aspectos que julgo de extrema importância nos artigos:
É natural ficarmos preocupados com aspectos específicos ao estudar Inglês, mas conectar os pontos, ou melhor, as peças, é o que realmente faz a diferença para quem procura como pensar em Inglês. Recomendamos a leitura dos posts acima, para que o seu projeto de pensar em Inglês se torne realidade o quanto antes.
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Excelente, Daniel! Obrigada por compartilhar. Acabei de descobrir o blog e estou gostando bastante de todo o conteudo.