Gírias Brasileiras, Cultura e Paisalização é o tema que proponho a discutir com os internautas. Se você nunca ouviu falar da palavra “paisalização”, saiba que essa é uma palavra que invento para descrever um fenômeno interessante que desconfio estar ocorrendo nos últimos anos no Brasil. De fato, se trata de um mero artigo de blogueiro sem nenhum fundamento científico-teórico. Mas, ainda assim, acho interessante me aventurar nesse debate.

Para um país relativamente novo que se conheceu de verdade por meio da rádio, constato um fenômeno interessante que vem ocorrendo após o estabelecimento dos estrangeirismos da língua inglesa via globalização. No Brasil, ao longo de anos, as piadas entre pessoas de estados distintos sempre predominaram as rodas de conversa. Tanto é assim que não raro um mineiro é tratado como “mineirim” por conta do seu sotaque e hábito de cortar a pronúncia completa do diminutivo de palavras. Dessa forma, feio vira “fein”, passarinho vira “passarin”.

Como é sabido, cada estado possui o seu sotaque, as suas gírias, o seu modo de falar. Contudo, há algum tempo percebo que pessoas de um estado vem usado gírias de pessoas de um outro estado. Seria esse um novo fenômeno fruto da maior integralização cultural do Brasil? Os estados sempre existiram, assim como a cultura local dos povos de maneira regionalizada. Mas o que poderia explicar mineiros dizendo imagina! – quando o habitual mesmo é dizer não foi nada? Ora, ‘imagina’, desde que me entendo por gente, é gíria de São Paulo. Tradicionalmente, o paulista quando escuta obrigado dificilmente diz de nada, mas tende a responder: imagina!

É o caso da namorada do meu irmão e de diversas outras pessoas que conheço. Essas pessoas são mineiras, porque, então, passaram a dizer imagina? Qual a sua opinião a respeito disso?

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