A transitividade é uma característica dos verbos que indica se eles precisam ou não de complementos para formar sentido completo. Um verbo transitivo exige um objeto (direto ou indireto) para completar seu significado, como em “Eu gosto de música” (verbo “gostar” + complemento “de música”). Já um verbo intransitivo não necessita de complemento, como em “Ela dormiu”. Além disso, a transitividade também pode determinar se há a necessidade de uma preposição para conectar o verbo ao objeto, o que varia entre idiomas, como no caso do português e do inglês. Vamos adentre este tópico com o pé direito? Ao final, confira as aulas de inglês online no Inglês no Teclado no YouTube.
TRANSITIVIDADE VERBAL EM INGLÊS
Em português, é bastante comum encontrarmos verbos que exigem preposições para conectar-se aos seus complementos, enquanto no inglês muitos desses mesmos verbos são usados de maneira direta, sem qualquer preposição intermediária. Essa diferença de estrutura está relacionada ao conceito de transitividade verbal, que determina como os verbos se conectam aos seus objetos. No inglês, a simplicidade é um traço marcante, eliminando muitas preposições que aparecem no português. A seguir, exploraremos diversos exemplos e comparações para ilustrar essas particularidades.
Comecemos com um caso muito comum: o verbo gostar. Em português, é necessário dizer “Eu gosto de chocolate”. Em inglês, a frase correspondente é “I like chocolate”. Não há preposição porque o verbo “like” é transitivo direto. Da mesma forma, o verbo assistir também difere. Dizemos: “Eu assisti ao filme”, mas em inglês basta “I watched the movie”. Aqui, o verbo “watch” é usado sem preposição.
Outro exemplo clássico é o verbo precisar. Em português, usamos a construção “Eu preciso de ajuda”. Em inglês, é mais direto: “I need help”. O mesmo acontece com o verbo entrar, que em português exige uma preposição: “Ela entrou na sala”. Em inglês, dizemos simplesmente “She entered the room”. Isso ocorre porque o verbo “enter” já embute o sentido de “entrar em”, dispensando preposições.
O verbo agradecer apresenta uma diferença interessante. Em português, dizemos: “Ele agradeceu pelo presente”, enquanto em inglês é necessário dizer “He thanked her for the gift”. Aqui, a preposição “for” aparece em inglês para indicar o motivo do agradecimento, algo que em português é resolvido com “pelo” (contração de “por” + “o”).
Já com o verbo pagar, vemos uma variação contextual. Em português, é comum dizer: “Eu paguei pelo jantar”. Em inglês, normalmente se omite a preposição: “I paid the dinner”. No entanto, se o objetivo é enfatizar o motivo ou destinatário, é possível usar “I paid for the dinner”.
Outro caso interessante é o verbo pensar em. Em português, usamos a preposição “em”: “Eu penso em você todos os dias”. Em inglês, no entanto, a construção é “I think about you every day”. Nesse caso, “about” é a preposição necessária, enquanto no português o “em” cumpre esse papel. Da mesma forma, o verbo depender também apresenta diferenças. Em português, dizemos: “Isso depende de você”. Em inglês, utilizamos “That depends on you”. A preposição “on” substitui “de” por uma questão idiomática da língua.
Alguns verbos apresentam diferenças ainda mais sutis. Por exemplo, o verbo chegar em português frequentemente exige uma preposição: “Cheguei ao escritório tarde”. Em inglês, usamos “I arrived at the office late”, com “at” como equivalente. No entanto, ao falar de casa, a preposição desaparece: “I arrived home late”. Já no caso de tirar algo de algum lugar, como “Ele tirou o livro da mesa”, o inglês usa “He took the book from the table”. Aqui, a preposição “from” substitui “da”.
Até expressões idiomáticas refletem essas diferenças. Por exemplo, a frase “Eu me orgulho de você” é traduzida como “I’m proud of you”. Neste caso, o inglês requer a preposição “of”, enquanto em português usamos “de”. Outro exemplo é “Ela se apaixonou por ele”, que em inglês seria “She fell in love with him”. O “por” português é traduzido como “with” em inglês.
Essas diferenças mostram como o inglês tende a simplificar estruturas, eliminando preposições quando o verbo já carrega o sentido completo. Em contraste, o português é mais detalhado e frequentemente requer preposições para clareza.
Para dominar essas nuances, é essencial estudar os padrões de uso dos verbos em inglês e memorizar as construções típicas. Assim, evitamos erros como traduzir “Eu gosto de música” como “I like of music”, ou “Eu assisti ao filme” como “I watched to the movie”. Com prática e atenção às particularidades de cada língua, é possível desenvolver uma comunicação mais natural e precisa em inglês.