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Verbal Fillers: nativos da língua inglesa dizem “er” “um” e “ah”

by Daniel Silva
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Outro dia publicamos um artigo que fez enorme sucesso e foi parar na primeira página de resultados do Google rapidamente devido aos milhares de acessos e indicação do colega Denilso de Lima do blog Inglês na Ponta da Língua.

É o texto no qual explicamos o que são gap fillers e porque você deve usá-los [clique aqui para acessar esse texto]. Nesse novo artigo correlato, vamos falar sobre VERBAL FILLERS e porque você deve usá-los se estiver aprendendo Inglês. Não usar verbal fillers é dar mole de verdade.

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O que são Verbal Fillers?

Primeiro vamos entender o que são verbal fillers. Como no caso dos gap fillers que são denominados “preenchedores de espaço vazio”, verbal fillers ou verbal graffiti também possuem essa função de preencher. Mas preencher o que?

verbal fillers

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Na nossa língua, quando estamos dizendo algo e a sustentação oral carece de pausas porque não lembramos de alguma palavra ou porque o raciocínio não foi capaz de seguir o ritmo da fala, precisando por isso de mais tempo para falar algo, costumamos usar os seguintes verbal fillers em Português:

  • Ééééé
  • hummm

A possibilidade de usar sons como éééééé se deve ao fato de que podemos evitar um silêncio absoluto enquanto pensamos no que dizer. Além disso, diminuímos a possibilidade de gerarmos ansiedade em quem nos ouve. Do contrário, exatamente como explicamos no texto dos gap fillers, podemos desencadear respostas irrequietas nas pessoas, como, por exemplo:

  • Anda, desembucha;
  • O gato comeu a sua língua?
  • Hein?

Na língua inglesa (assim como na língua portuguesa) esse é um truque fundamental para ganharmos tempo enquanto o cérebro não nos exibi uma possibilidade de fala ou palavra isolada. Enquanto não nos vem o que exatamente dizer (ainda estamos raciocinado), usamos verbal fillers para indicar a quem nos ouve que a resposta está quase na ponta da língua. A palavra ou frase está prestes a sair do forno.

Exemplos de Verbal Fillers em Inglês

Gap Fillers são constituídos por palavras ao passo que verbal fillers são formados por sons sem significado. A estrutura verbal filler, também é conhecida como vocalized pause, ou pausa vocalizada em uma tradução direta.  São sons que fazemos através das cordas vocais, isto é, ecoam do nosso corpo. Escute abaixo dois dos verbal fillers mais conhecidos na língua inglesa:

Ex:

Bob: Did you talk to him about the salary raise?

[você falou com ele sobre o aumento salarial?]

John: No, I didn’t. You know very well  he could ..um.. react badly to that.

[não, não falei. Você sabe muito bem como ele poderia…eéééé.. reagir mal sobre isso] 

Ex: We’ll get into São Paulo and make for the, ah, center of town.

[vamos chegar em são e seguir em direção ao centro]

Porque usar Verbal Fillers?

Quando sugerimos que estudantes que estão aprendendo Inglês devem usar essa classificação de fillers, não é simplesmente porque nativos o fazem.  Aqui não se trata de mera cópia ou imitação. Se trata de entender porque eles são aliados estratégicos se você quiser falar Inglês tranquilamente e ganhar tempo para pensar antes de falar. Se trata de uma tática para ganhar tempo enquanto a palavra ou expressão “não vem”.

Por outro lado, muitos nativos da língua inglesa são tão afetados por esse expediente que terminam fazendo algum curso para reduzir o uso desses preenchedores, já que o excesso deles acaba afetando a clareza das suas ideias e demonstra que aquele que abusa desses sons está muito provavelmente confuso ou indeciso das suas ideias.  É o que temos no vídeo abaixo e em diversas outras dezenas de vídeos em que nativos ensinam outros nativos da língua inglesa a evitar o uso excessivo desses sons.

Fato é que em um diálogo informal, no qual você tenta colocar as suas ideias de forma pertinente, ao faltar vocabulário ou construções de palavras que você desconhece ou esqueceu, usar fillers em um papo informal e eventualmente em uma conversa formal não irá impactar consideravelmente a clareza das suas ideias.

É claro que você não deverá abusar dessa técnica, mas ela é bem vinda, pois além de lhe garantir alguns segundos ou milésimos de segundos para pensar no que será dito, lhe auxilia e te estimula a pensar em Inglês e formar frases corretas. Não que seja garantido que você irá desembuchar algo brilhante, mas quando temos tempo conferimos previsibilidade a alguns resultados. Articular bem as suas ideias de maneira consistente é importante.

Observe que em se tratando de discursos, obviamente que essa não será a melhor estratégia uma vez que pode inclusive gerar irritação dos ouvintes, mas quando usados com parcimônia são excelentes ferramentas para lhe ajudar a falar Inglês fluentemente.

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